De modo geral, muitas pessoas acham que os jovens têm mais motivos para manter uma boa forma física. Contudo, embora envelhecer tenha um aspecto mais “libertador” em relação aos padrões sociais, este pensamento pode acabar comprometendo sua vitalidade. Afinal, para além das questões estéticas, alguns cuidados são essenciais para incluir mais saúde e bem-estar em sua rotina. Porém, por mais que se queira estabelecer bons hábitos, sabotar seus próprios planos de forma inconsciente é bastante comum. Aliás, há estudos científicos que investigam o comportamento do cérebro das pessoas que decidem fazer regime. Afinal, por que algumas delas têm mais sucesso do que as outras na hora de atingir suas metas?
Além de dieta, exercícios físicos e força de vontade, o que mais influencia a perda de peso são os hormônios. Ou seja, do humor ao emagrecimento, são eles os responsáveis por inúmeras funções, e todas elas são comandadas pelo cérebro. Logo, identificar seus pensamentos sabotadores e treinar seu cérebro ao comedimento pode ser transformador. Claro que, fatores como idade, genética, composição corporal e equilíbrio emocional precisam ser considerados. Mesmo assim, há solução para quase tudo na vida!
MUDE SEUS PENSAMENTOS PARA MELHORAR SEUS HÁBITOS
Os tópicos a seguir tratam sobre situações comuns para diversas pessoas. Por isso, possivelmente você irá se identificar com pelo menos uma delas. Assim sendo – ou se a soma for maior – não se preocupe. Afinal, há várias ações que podem ser úteis para contornar estes pensamentos. Veja:
“É genético, minha família toda tem sobrepeso”
Obviamente, a genética deve ser respeitada. Além disso, doenças hormonais, como a tireoide, costumam tornar processos de emagrecimento mais difíceis. No entanto, não há uma “sentença” de que pais obesos terão filhos obesos. Neste caso, faça uma análise mais profunda. O quadro de sobrepeso se deve aos fatores genéticos ou aos maus hábitos alimentares seguidos pela família? Esta dieta costuma incluir grandes quantidades de massa, churrasco, doces, alimentos ultra processados? Se a resposta for positiva, um estilo de vida saudável poderá ser capaz de alterar este “destino genético”.
“Gosto muito de comida para ser magro”
Você já ouviu dizer que alguma pessoa no mundo não compartilha deste mesmo prazer? Ou sequer possua um prato predileto? Aliás, comer é, na verdade, uma necessidade básica à sobrevivência. Contudo, uma coisa é se alimentar de acordo com suas necessidades nutricionais diárias, outra é consumir alimentos em excesso. Logo, é justamente essa última questão que costuma ser responsável por disparar o ponteiro da balança. Além disso, pessoas cuja composição corporal contenha mais músculos do que gordura têm maior facilidade de perder peso. Afinal, os músculos também consomem mais energia.
“Eu não como muito”
Você já deve saber que comer com moderação pode ser algo subjetivo. Tanto que esta manifestação está elencada entre as formas mais comuns de autoengano. Inclusive há estudos científicos demonstrando que pessoas que comem além da conta estimam para baixo o volume de comida ingerido. Sendo assim, a melhor maneira de comprovar (ou não) o seu pensamento é anotar tudo o que você comer. Então, experimente fazer isso por uma semana. Mas lembre-se de ser sincero consigo mesmo e anotar exatamente tudo o que você consumir.
Depois, tente comparar com os números da ingestão diária de nutrientes recomendada pelos órgãos de saúde. Especialmente em relação às calorias, a OMS indica 2 mil para as mulheres e 2,5 mil para os homens. Outra dica é começar a comer apenas quando você sentir fome, e parar de comer antes de se sentir cheio. Aliás, esta é a receita para a Regra dos 80% e que praticamente rege o conceito de Comedimento.
“Depois de certa idade é difícil perder peso, meu metabolismo é lento”
Transferir a responsabilidade da perda de peso para um fator externo está entre as atitudes mais populares. No entanto, não caia nesta. É verdade que depois dos 25 anos o corpo dá início ao processo de envelhecimento. Já aos 30 as pessoas começam a sentir as diferenças. Afinal, o metabolismo realmente vai desacelerando e, apesar disso, você segue com o mesmo ritmo de alimentação e exercícios. Logo, este é um bom motivo para respeitar o ritmo do seu corpo e fazer adequações. Ao perceber esta situação, procure ingerir menos calorias, afinal, seu corpo não precisa mais de tantas delas.
“Não tenho força de vontade para dietas e detesto fazer exercícios”
Realmente, força de vontade é algo que vai diminuindo ao longo do tempo. Afinal, você até pode acordar cheio de planos. Contudo, no fim do dia provavelmente vai perceber que não tem mais toda aquela disposição para cumpri-los. Logo, a dica é firmar seu compromisso com os bons hábitos pela manhã e reforçá-lo durante várias vezes ao dia. Especialmente em relação à alimentação, estima-se que sejam necessárias 20 refeições sequenciais para redefinir sua memória alimentar. O mesmo vale para a prática de exercícios físicos. Sendo assim, encontre a forma mais natural para incluí-los em sua rotina e persista até que se transformem em hábito. Lembre-se ainda que existem graus de motivação. Assim, enquanto pessoas treinam em seu nível de conforto, outras vão além dele. Além disso, o equilíbrio emocional também conta muito. Afinal, a comida funciona como fuga e fonte de prazer para muitas pessoas. E esse gatilho nunca é gerado por algo saudável, mas, sim, por alimentos gordurosos, calóricos, cheios de açúcar. Especialmente para quem sofre com transtornos de ansiedade, compulsão, problemas de autoestima. Por isso, para além da saúde mental, a terapia também pode fazer parte da construção de hábitos mais saudáveis.
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